terça-feira, 12 de julho de 2011

Papa Bento XVI se encontra com todos os arcebispos após a entrega do pálio

O papa Bento XVI recebeu em audiência, no dia 30 de junho, na Sala Clementina, no Vaticano, os arcebispos metropolitanos que receberam o pálio. Entre os 41 arcebispos que receberam o pálio, sete são brasileiros.

Em seu pronunciamento, Bento XVI disse que ainda estava viva na memória a recordação da celebração de entrega do pálio, na Basílica Vaticana. Depois, saudou os presentes em diversas línguas.

"Saúdo com grande afeto os metropolitas de Angola e do Brasil que receberam o pálio, insígnia litúrgica que exprime uma singular união das suas arquidioceses com a Sé de Pedro: dom Luís María Pérez de Onráita, de Malánje, dom José Manuél Imbámba, de Saurímo, dom Murílo Sebastião Ramos Krieger, de São Salvador da Bahia, dom Pedro Brito Guimarães, de Palmas, dom Jacinto Bergmann, de Pelotas, dom Hélio Adelar Rubert, de Santa María, dom Pedro Ercílio Simão, de Passo Fundo, dom Dímas Lara Barbosa, de Campo Grande, e dom Sérgio da Rocha, de Brasília”, disse o papa lembrando os nomes dos angolanos e dos brasileiros que receberam o pálio.

Ainda segundo o papa, dirigindo suas palavras aos arcebispos, “o Senhor Jesus, que vos escolheu como Pastores do seu rebanho vos ampare no vosso ministério quotidiano e vos torne fiéis anunciadores do Evangelho com a força do Espírito Santo. Dou também as boas-vindas aos familiares e amigos e aos fiéis das respectivas Igrejas particulares que vos acompanharam até Roma. Asseguro a todos vós e vossas comunidades arquidiocesanas a minha recordação diária na oração e, do íntimo do coração, concedo a Benção Apostólica", disse.

No final, Bento XVI lembrou as palavras de São Cipriano, bispo de Cartago, no seu Tratado sobre Pai Nosso. "Absolutamente nada se antepõe a Cristo, já que nem mesmo Ele preferiu outra coisa a nós. Vontade de estar inseparavelmente unido a seu amor, permanecer ao lado de sua cruz com coragem dando-Lhe forte testemunho".

Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes do encontro de bispos responsáveis pelas Comissões para a Vida e a Família da América Latina e do Caribe. Os trabalhos começaram ontem, 28, abertos pelo presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), cardeal Raymundo Damasceno Assis, e com uma palestra do cardeal Ennio Antonelli, presidente do Pontifício Conselho para a Família, que leu a mensagem pontifícia. O encontro, que acontece em Bogotá (Colômbia), termina sexta-feira, 1º de abril.

O papa destacou a família como o valor mais querido pelos povos latino-americanos e caribenhos e realçou o trabalho das Pastorais Familiares em todas as Igrejas locais. Ressaltou, porém, que os lares estão sendo intimidados em consequência de transformações culturais, instabilidade social, fluxos migratórios, pobreza, programas educativos que banalizam a sexualidade e falsas ideologias.

É no Evangelho, segundo Bento XVI, que se encontra a luz para responder a estes fenômenos. “É dele que recebemos diligência e entusiasmo para acompanhar as famílias na descoberta do projeto de amor que Deus tem para nós. Nenhum esforço será inútil para que as famílias levem a cabo sua missão de ser célula viva da sociedade, berço de virtudes, escola de convivência construtiva e pacífica, instrumento de concórdia e âmbito privilegiado no qual acolher a vida e protegê-la desde seu inicio até seu fim natural”, disse.

O pontífice ressaltou também a importância de continuar animando os padres em seu direito e obrigação fundamental de educar as novas gerações na fé e nos valores que dignificam a existência humana.

Aparecida foi o tema da segunda parte da mensagem. Para o papa, o evento de 2007 é fonte de estímulo para as Pastorais Matrimonial e Familiar. “A Igreja conta com os lares cristãos e os chama a ser verdadeiros atores da evangelização e do apostolado, convidando-os a conscientizar-se de sua valorosa missão no mundo”.

Neste sentido, Bento XVI exortou os participantes da reunião a refletirem sobre as grandes linhas pastorais definidas pelos episcopados em Aparecida, a fim de que a família possa vivenciar um profundo encontro com Cristo através da escuta de sua Palavra, da oração, da vida sacramental e da prática da caridade. “Para isso é preciso incrementar a formação de todos os que, de uma forma ou de outra, se dedicam à evangelização das famílias”, destacou.

Expressando seu afeto e solidariedade a todas as famílias da América Latina e do Caribe, especialmente as que estão em condição difícil, Bento XVI concede a sua bênção apostólica a todos os presentes e aos engajados com a evangelização e a promoção do bem das famílias.

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